Há uns anos falava-se de digitalizar as empresas para que se tornassem mais produtivas, aproveitando os dados. A migração para a nuvem, nas suas diferentes versões pública, privada ou híbrida, atraiu e ainda atrai a atenção de todos os CIOs e até CEOs de empresas modernas. Mas hoje em dia, a bússola aponta para a hiperautomação, uma das 10 tendências tecnológicas estratégicas para os próximos anos, segundo a Gartner, a principal consultora de análise tecnológica do mundo.

E o êxito da hiperautomação reside no facto de que esta tecnologia responde a alguns dos principais desafios que as organizações enfrentam nesta década, como gerir demandas voláteis ou transformar os modelos de negócio para o novo contexto digital. Se quer saber se a sua empresa precisa desta tecnologia, aqui deixamos o mais importante, de forma resumida.

Em que consiste a hiperautomação?

Trata-se de uma revolução que nasce da confluência de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial e a robótica, para automatizar processos e aumentar as capacidades dos humanos. Na verdade, o seu objetivo é minimizar a intervenção humana nos processos e melhorar o controlo e a visibilidade, permitindo saber o que está a acontecer em cada momento.

A hiperautomação requer diferentes componentes tecnológicos, como:

• Captura e digitalização de dados a partir de diferentes fontes e documentos. Esta tecnologia encarrega-se de extrair dados de documentos e imagens, como uma fatura ou um relatório, para serem usados em diferentes processos da empresa.
• Gestão de workflows para desenhar, executar e monitorizar os processos de negócio. Mesmo sem necessidade de código, permitindo que os utilizadores não técnicos transformem os seus processos.
• Automatização inteligente de decisões, uma ferramenta que permite analisar, automatizar e controlar decisões de negócio baseadas em regras. Pode autorizar um empréstimo, decidir sobre ofertas promocionais ou detetar uma oportunidade de venda cruzada com alta precisão e personalização.
• Robotic process automation (RPA), uma tecnologia que permite incluir robots ou trabalhadores virtuais nos processos empresariais, que realizarão automaticamente tarefas de alto volume, rotineiras, transacionais e repetitivas, que antes eram feitas manualmente pelos utilizadores. Utiliza regras lógicas pré-construídas para entregar resultados.
• Tecnologias cognitivas, como chatbots, machine learning e processamento de linguagem natural, para dar um passo mais na automatização, incorporando todas as capacidades da inteligência artificial.

Vantagens da hiperautomação

As principais vantagens que a hiperautomação gera nas organizações são:

• Eficiência nos processos.
• Redução de custos.
• Resultados mais estratégicos.

De acordo com o estudo IBM Intelligence Automation 2020, estimam-se poupanças de 30% para as empresas que investem em hiperautomação para alcançar o sucesso; no entanto, apenas 7% implementaram iniciativas de automatização em grande escala.

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A hiperautomação é a nova revolução desta década. Vai além da automatização de processos, do RPA ou do machine learning… combina-as, ultrapassa-as.